terça-feira, 13 de julho de 2010

A Educação e seus profissionais

Acompanhei recentemente um debate na televisão sobre os Profissionais de Educação e as colocações foram bem polemicas.
Uma determinada profissional da Universidade de São Paulo, Coordenadora da mesma instituição citada, fez colocações que nos leva a refletir sobre a necessidade que alguns indivíduos que trabalham em Escolas e/ou Universidades têm em mostrar serviço aos seus superiores, esquecendo de sua real e primeira função (e por que não dizer missão), que é formar cidadãos pensantes, éticos e com habilidades suficientes para ingressar no mercado de trabalho, realizando ações que levem a sociedade ao nível significativo de qualificação.
Tal assunto me faz lembrar palavras do grande e competente Professor de História Eduardo Coelho, que falava sobre a profissão do professor, Acho que consigo colocar a idéia principal de suas palavras. Dizia ele: “Os Educadores possuem a função de formar pessoas, porém raramente eles observam se seu trabalho deu certo ou não, porque os jovens trocam de turma, passam por outros profissionais, mudam de escola, cidade, enfim não sabemos se agimos direito ou se falhamos na missão de educar. Realmente nossa função é solitária e ao mesmo tempo de total doação, pois no local mais profundo de uma análise isenta, atuamos sozinhos e com nossas verdades, doamos nossos conhecimentos, mas raramente sabemos se acertamos. Nossa profissão é extremamente realizadora, porque contamos com o esperado e o inesperado, com o provável e o improvável, com o sucesso e o insucesso, enfim contamos com nossas verdades.”
Utilizo a reflexão do professor Eduardo Coelho por dois motivos, que são: O profissional de Educação deve constantemente reavaliar sua prática e exercitar sua auto-análise, a fim de qualificar sempre o seu trabalho, modificando sua caminhada ou melhorando a já utilizada. E em segundo lugar, devemos trabalhar para e pelos alunos e nunca, jamais devemos querer provar algo para nossos superiores, porque um profissional atento, atuante, crítico, atualizado e acima de tudo possuidor do vínculo como sua bandeira é o profissional desejado por todas as instituições sérias de ensino.
Se por algum motivo, os profissionais utilizarem o EU em primeiro lugar, depois o NÓS e por último o NOSSO ALUNO, este deve reavaliar sua conduta. Mas aquele que colocar seu aluno como meta e a instituição pedir outra postura, o local não é de educação, mas sim de “faturação”.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

A aventura da sala de aula.

Podemos perceber a importância do convívio na sala de aula. Relação extremamente rejuvenescedora para os que têm a profissão como momento de troca de conhecimento e oportunidade de crescimento.
Percebo em alguns momentos, profissionais que reclamam da relação conflituosa que existe. Não consigo compreender como os mesmos não percebem que somente o conflito leva para o crescimento intelectual, moral, ético e acima de tudo cidadão.
Um aluno que te questiona com respeito e repleto de argumentos deverá ser citado como exemplo, porque neste momento o processo realmente está acontecendo.
Mas um professor que reprime os debates, as discussões e os questionamentos, formará repetidores de opiniões e nunca cidadãos críticos e atuantes.
Onde está o erro desta interpretação errônea entre alunos questionadores e alunos sem educação?
Muito simples: Está na forma em que o professor recebe o questionamento e como ele operacionaliza a reflexão.
Tudo que está registrado neste texto possui um único objetivo, que é fazer o profissional de educação refletir sobre sua participação na sociedade. Ou ele é um simples formador de opinião, transformando os jovens como repetidores de suas reflexões e opiniões ou ele é um organizador de idéias, que leva o jovem à construção de reflexões, opiniões e formação de comportamentos, baseados não no que chamamos de moral (moral vem de cultura e a cultura varia de acordo com o país, religião e etc.), mas sim em uma ética interna, onde não devemos fazer nada que atrapalha a nossa vida ou a do próximo.
A aprendizagem é mudança, como diz Vítor da Fonseca.
Se não há mudança, não há aprendizagem, pois o que não foi estimulado anteriormente, deverá ser feito, possibilitando a formação de novas conexões neurais.
Esse novo momento na formação do indíviduo, permite a passagem e/ou transição de um sujeito heterônomo para um autônomo, compromissado com a empatia, responsabilidade e o desejo de mudar o caos social.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

A Educação de qualidade pode interferir na formação cidadã.

Estamos vivendo um momento de profunda reflexão em relação ao real valor do processo educacional de nosso país.
Percebemos que muitas instituições se preocupam com números, resultados imediatos, porém o objetivo principal é deixado de lado, ou seja, a formação de indivíduos dignos, honestos, justos e com uma bagagem interessante de conhecimento. E foi proposital a colocação do conhecimento interessante em último lugar.
Observamos nos noticiários que personalidades públicas e/ou filhos destes matam, se drogam, mentem, estupram, segregam e alguns falam que a situação não é tão grave.
Onde podemos identificar ou em que momento podemos identificar que o processo de formação deste ou daquele jovem, senhor, senhora, enfim foi equivocado?
Acredito que o início é a formação de nosso professores. Ela é falha, medíocre e superficial.
Qual profissional de licenciatura consegue identificar as várias metodologias que devem ser trabalhadas com uma determinada população?
Na verdade sabem que devem falar de "Força e trabalho", de "Estequiometria", da "Reprodução dos anelídeos", da "Oração Subordinada", do "Cateto oposto", mas pouco sabem sobre a necessidade real que a sociedade intensamente clama, que a formação integral dos cidadãos. Que a família solicita de ajuda, pois não consegue mais educar, pois não tem tempo disponível.
Que quadro complexo.
Temos o aluno X escola X família X valores X formação X professor X Universidade. . .
Realmente, necessitamos de mudanças imediatas no processo de formação de nossos professores, transformando-os em "Reais Educadores".