sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Inteligências multiplas - definição e exemplos

Inteligências múltiplas
Denomina-se inteligências múltiplas à teoria desenvolvida por uma equipe de pesquisadores da Universidade de Harvard, liderada pelo psicólogo Howard Gardner, a partir da década de 1980.
A pesquisa identificou e descreveu sete tipos de
inteligência nos seres humanos, e, no início da década de 1980, obteve grande eco no campo da educação. Mais recentemente, acrescentaram-se à lista original as inteligências de tipo "naturalista" e "existencial".
Critérios
Foram utilizados os seguintes critérios para uma classificação dos fatores constituintes da inteligência ou habilidades humanas:
Potencial prejuízo com dano cerebral, a exemplo das capacidades lingüísticas no
Acidente Vascular Cerebral;
Existência de gênios, ou indivíduos eminentes com habilidades especiais onde se pode observar tal capacidade isolada ou prejudicada;
Um conjunto de operações identificável. A
música, por exemplo, consiste da sensibilidade de uma pessoa para a melodia, a harmonia, o ritmo, o timbre e a estrutura musical;
Uma história de desenvolvimento distintiva para cada indivíduo, junto com uma natureza definível de desempenho especialista;
Ser possível identificar os passos para atingir tais perícias, uma história evolutiva e plausibilidade evolutiva, a exemplo das formas de inteligência espacial em
mamíferos ou inteligência musical em pássaros;
Testabilidade, a exemplo dos testes psicológicos, distições psicométricas susceptíveis de confirmação e re-testagem com múltiplos instrumentos;
Suscetibilidade para ser codificada em um sistema de símbolos. Códigos como
idioma, aritmética, mapas e expressão lógica, entre outros.
As inteligências
Estabelecidos os critérios acima, foram identificadas as seguintes inteligências:
Lógico-matemática - a capacidade de confrontar e avaliar objetos e abstrações, discernindo as suas relações e princípios subjacentes. Possuem esta caracaterística matemáticos, cientistas e filósofos como
Stanislaw Ulam, Alfred North Whitehead, Henri Poincaré, Albert Einstein, Marie Curie, entre outros.
Linguística - caracteriza-se por um domínio e gosto especial pelos idiomas e pelas palavras e por um desejo em os explorar. É predominante em
poetas, escritores, e linguistas, como T. S. Eliot, Noam Chomsky, e W. H. Auden.
Musical - identificável pela habilidade para compor e executar padrões
musicais, executando pedaços de ouvido, em termos de ritmo e timbre, mas também escutando-os e discernindo-os. Pode estar associada a outras inteligências, como a lingüística, espacial ou corporal-cinestésica. É predominante em compositores, maestros, músicos, críticos de música como por exemplo, Ludwig van Beethoven, Leonard Bernstein, Midori, John Coltrane.
Espacial - expressa-se pela capacidade de compreender o mundo visual com precisão, permitindo transformar, modificar percepções e recriar experiências visuais até mesmo sem estímulos físicos. É predominante em
arquitetos, artistas, escultores, cartógrafos, navegadores e jogadores de xadrez, como por exemplo Michelangelo, Frank Lloyd Wright, Garry Kasparov, Louise Nevelson, Helen Frankenthaler.
Corporal-cinestésica - traduz-se na maior capacidade de controlar e orquestrar movimentos do corpo. É predominante entre atores e aqueles que praticam a
dança ou os esportes, como por exemplo Marcel Marceau, Martha Graham, Michael Jordan, Pelé.
Intrapessoal - expressa na capacidade de se conhecer, estando mais desenvolvida em escritores,
psicoterapeutas e conselheiros, como por exemplo, Sigmund Freud.
Interpessoal - expressa pela habilidade de entender as intenções, motivações e desejos dos outros. Encontra-se mais desenvolvida em
políticos, religiosos e professores, como por exemplo o Mahatma Gandhi.
Naturalista - traduz-se na sensibilidade para compreender e organizar os objetos, fenômenos e padrões da natureza, como reconhecer e classificar plantas, animais, minerais, incluindo rochas e gramíneas e toda a variedade de fauna, flora, meio-ambiente e seus componentes. É característica de
paisagistas, arquitetos e mateiros, por exemplo. São exemplos deste tipo de inteligência Charles Darwin, Rachel Carson, John James Audubon.
Existencial - investigada no terreno ainda do "possível", carece de maiores evidências. Abrange a capacidade de refletir e ponderar sobre questões fundamentais da existência. Seria característica de líderes espirituais e de pensadores filosóficos como por exemplo
Jean-Paul Sartre, Søren A. Kierkegaard, Maya Angelou, Paul Erdös, Frida Kahlo, Alvin Ailey, Margaret Mead, o Dalai Lama, Charles Darwin ou Joni Mitchell.
Trajetória da teoria
Gardner iniciou a formulação da ideia de "inteligências múltiplas" com a publicação da obra "The Shattered Mind" (
1975). Mais tarde, conceituou a inteligência como "um potencial biopsicológico para processar informações que pode ser ativado num cenário cultural para solucionar problemas ou criar produtos que sejam valorizados numa cultura".
Em um processo mais recente de revisão de sua teoria, Gardner acrescentou a "Inteligência Natural" à lista original. O mesmo não ocorreu com a chamada "Inteligência Existencial" ou "Inteligência Espiritual". Embora o autor se sinta interessado por este nono tipo, conclui que "o fenômeno é suficientemente desconcertante e a distância das outras inteligências suficientemente grande para ditar prudência - pelo menos por ora" – concluiu na sua obra "Inteligência: um conceito reformulado" (2001).
Gardner sustenta que as inteligências não são objetos que possam ser quantificados, e sim, potenciais que poderão ser ou não ativados, dependendo dos valores de uma cultura específica, das oportunidades disponíveis nessa cultura e das decisões pessoais tomadas por indivíduos e/ou suas famílias, seus professores e outros.
Testando as Inteligências Múltiplas
Embora seja comum no meio acadêmico desejar quantificar a inteligência (os testes de
Q.I. são um exemplo), Gardner desaprova tais ideias e não propõe nenhum método para quantificar as inteligências múltiplas. Isto, porém, não impede outros teóricos de formularem testes.
Alguns pesquisadores buscam medir as inteligências múltiplas através de perguntas simples permeando cada conceito de cada inteligência e definindo no que o analisado tem aptidão ou bloqueio. O mais comum é que pessoas tenham uma das inteligências superior às outras, grande parte em nível médio e uma ou duas inteligências fracas.

sábado, 14 de agosto de 2010

Inteligência multipla.

Encontrei este texto, que foi base para algumas pesquisas minhas e achei interessante dividí-lo com todos.


Inteligências Múltiplas e Emocionais
Celso Antunes - Especialista em Educação.

1. Como definir inteligência?
Inteligência é a capacidade de resolver problemas, compreender idéias, interpretar informações transformando as em conhecimento e, também, a capacidade de criar. Constitui um componente biopsicológico que difere o ser humano de outras espécies animais.
2. Existem informações novas sobre a Inteligência humana que podem dar nova dimensão à educação?
Existem. Durante muitos anos a descoberta do funcionamento da mente constituía-se em um desafio para a neurologia. Observar o cérebro humano em ação era impossível em uma pessoa viva e essa dificuldade gerava uma série de hipóteses sobre o pensamento, consciência, memória e naturalmente, inteligência. Atualmente sistemas avançados de Tomografias por Emissão de Pósitrons ou mesmo Ressonâncias Magnéticas específicas podem "abrir" o cérebro de uma pessoa viva e acompanhar suas reações. Existe, é evidente, muito a fazer, mas há uma distância considerável entre o que se sabe e o que era sabido há dez anos atrás sobre inteligência.
3. E quais as implicações educacionais dessas descobertas sobre a idéia de inteligência?
Pelo menos, três avanços neurológicos parecem extremamente significativos: o primeiro, é que a inteligência pode ser estimulada e o papel do meio ambiente associa-se ao da hereditariedade na construção de pessoas mais ou menos inteligentes; segundo, não existe uma inteligência na mente humana, mas diversas inteligências que compõe espectros altamente diferenciados; terceiro, o estímulo a essas inteligências não requer tecnologia de ponta ou investimentos que inviabilizem sua prática em todo lugar, em qualquer família ou escola.
4. É possível constatarmos nas pessoas com as quais nos relacionamos as evidências dessa multiplicidade de espectro?
Sem dúvida. A humanidade sempre valorizou a inteligência de Mozart e de Einstein, de Camões e de Niemayer, de Picasso e de Ghandi assim como de muitos outros, mas sempre soube diferenciar a natureza específica de suas competências. Não é necessário aprofundar a genialidade para perceber entre nossos amigos ou alunos, inteligências lingüísticas, matemáticas espaciais e outras.
5. Essas inteligências múltiplas atuam isoladamente? Podem ser estimuladas de forma específica?
De forma alguma. As ações no cérebro atuam com sistemas integrados mais ou menos como o conjunto de folhas de uma copa agitada pelo vento. É impossível isolarmos uma inteligência, ainda que estímulos específicos podem atuar mais sobre uma que sobre as outras.
6. Quais são essas inteligências?
Embora seja muito mais importante observar o espectro das inteligências e identificar o indivíduo por sua multiplicidade, ainda que se destacando por esta ou aquela linguagem, as inteligências apontadas por Howard Gardner, da Universidade de Harvard, são as de natureza lingüística, lógico - matemáticas, espacial, musical, cinestésico - corporal, naturalista e as inteligências pessoais.
7. E as inteligências emocionais?
Gardner não fala em inteligência emocional. A expressão veio de Daniel Goleman, e sua obra ainda que bem menos densa que os estudos de Gardner, sugerem que as emoções seriam processadas pelas inteligências pessoais, isto é, a intrapessoal, ligada a auto-estima, segurança e capacidade de administrar de maneira satisfatória a autopercepção e a inteligência interpessoal, associada a empatia, "leitura" e compreensão do outro e de seus sentimentos.
8. É possível estimular - se as inteligências emocionais? Esse estímulo seria auto - ajuda?
A reposta é sim e não. É evidente que é possível aperfeiçoarmos as inteligências pessoais em conjunto ou mais explicitamente uma delas, ainda que esse estímulo seja lento e os resultados progressivos, algo assim como aprender a tocar violino. Não existe relação entre a alfabetização emocional e a auto - ajuda. Em primeiro lugar porquê auto - ajuda se associa a "domesticação das emoções" algo muito distante da alfabetização emocional. Em segundo lugar porquê a pretensa auto - ajuda dispensa as interações e a intervenção do professor e psicólogo, o que não ocorre com a alfabetização emocional e, finalmente, porquê toda auto - ajuda promete milagres com uma simples leitura e meia dúzia de conselhos, procedimento anos-luz distante de uma verdadeira alfabetização emocional.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Maravilha da Língua Portuguesa

A nossa Língua Portuguesa realmente é fantástica. O texto foi retirado de um folder comemorativo dos 100 anos da ABI (Associação Brasileira de Imprensa).


Vírgula pode ser uma pausa... ou não.
Não, espere.
Não espere.

Ela pode sumir com seu dinheiro.
23,4.
2,34.

Pode ser autoritária.
Aceito, obrigado.
Aceito obrigado.

Pode criar heróis.
Isso só, ele resolve.
Isso só ele resolve.

E vilões.
Esse, juiz, é corrupto.
Esse juiz é corrupto.


Ela pode ser a solução.
Vamos perder, nada foi resolvido.
Vamos perder nada, foi resolvido.

A vírgula muda uma opinião.
Não queremos saber.
Não, queremos saber.

Uma vírgula muda tudo.

ABI: 100 anos lutando para que ninguém mude uma vírgula da sua informação.

*Detalhes Adicionais*
'*SE O HOMEM SOUBESSE O VALOR QUE TEM A MULHER ANDARIA DE QUATRO À SUA PROCURA.'*

Se você for* mulher*, certamente colocou a vírgula depois de MULHER.
Se você for* homem*, colocou a vírgula depois de TEM.

Como nasce um paradigma

Esse texto é antigo, mas nunca é tarde para lembrarmos de sua mensagem.

Um grupo de cientistas colocou cinco macacos numa jaula, em cujo centro puseram uma escada e, sobre ela, um cacho de bananas.
Quando um macaco subia a escada para apanhar as bananas, os cientistas lançavam um jato de água fria nos que estavam no chão.
Depois de certo tempo, quando um macaco ia subir a escada, os outros enchiam-no de pancadas.
Passado mais algum tempo, nenhum macaco subia mais a escada, apesar da tentação das bananas.
Então, os cientistas substituíram um dos cinco macacos.
A primeira coisa que ele fez foi subir a escada, dela sendo rapidamente retirado pelos outros, que o surraram.
Depois de algumas surras, o novo integrante do grupo não mais subia a escada.
Um segundo foi substituído, e o mesmo ocorreu, tendo o primeiro substituto participado, com entusiasmo, da surra ao novato.
Um terceiro foi trocado, e repetiu-se o fato. Um quarto e, finalmente, o último dos veteranos foi substituído.
Os cientistas ficaram, então, com um grupo de cinco macacos que, mesmo nunca tendo tomado um banho frio, continuavam batendo naquele que tentasse chegar às bananas.
Se fosse possível perguntar a algum deles porque batiam em quem tentasse subir a escada, com certeza a resposta seria: "Não sei, as coisas sempre foram assim por aqui..."
Você não deve perder a oportunidade de passar esta história para seus amigos, para que, vez por outra, questionem-se porque estão batendo...

"É MAIS FÁCIL DESINTEGRAR UM ÁTOMO DO QUE UM PRECONCEITO".
Albert Einstein

Tempômetro

Com certeza a palavra do título não existe nos dicionários mais atualizados, porém solicito aos profissionais de nossa Língua Portuguesa, o direito de criá-la.
O tempo realmente é o maior aliado de todos os profissionais, mas dependendo do interesse em buscar a ascensão, o mesmo tempo poderá ser tirano.
Alguns educadores que vivenciaram no passado a exaltação de suas qualidades, de suas metodologias, de suas avaliações e não se avaliaram, procurando a melhoria constante de seu processo educacional, podem ter se acomodado e passaram a utilizar aquele mesmo passado como lembrança de tempos áureos.
Entretanto os profissionais que foram aclamados, mas mesmo após o sucesso, analisaram sua caminhada e perceberam que poderiam fazer mais, podem ser considerados os verdadeiros educadores.
A Educação é móvel, mutável, viva e adaptável às realidades da época. Logo devemos sempre caminhar em busca das novidades metodológicas, dos caminhos mais significativos e de como podemos fazer para o indivíduo aprender melhor e apreender o que foi ensinado.
Tempo amigo, tempo tirano. Na verdade o tempo sempre é nosso aliado, mas o que realmente existe é profissional dedicado, interessado e os acomodados, encostados.
Temos que estudar sempre e perceber que o que sabemos não basta.