quarta-feira, 24 de maio de 2017

O artesão que não tem o direito de agir

Em alguns momentos, como Educador que sou, penso na minha ação, missão, função de professor. Professor, segundo o dicionário etimológico, é aquele que faz uma declaração, uma manifestação, apresenta uma nova fé.
Imediatamente ao refletir, percebo que o nosso país não é uma pátria. Temos um espaço geográfico ocupado por um grupo de indivíduos. E qual o porquê dessa conclusão?
Olhamos e conseguimos ver o que acontece em nosso país.
Quanta tristeza!
Um povo alegre, receptivo, divertido, porém sofredor.
Os representantes desse povo, seus políticos, conseguiram “depredar” as nossas riquezas, sejam elas concretas, como a Petrobrás, o BNDES, a CEDAE e muitas outras empresas ou as abstratas, como a nossa alegria de dizer “Eu sou Brasileiro com muito orgulho, com muito amor”.
Denúncias cada vez mais fortes e concretas de roubo, sucateamento, propinas, desvios, enfim o mau uso de nossos recursos, de nossos impostos.
E retornando ao primeiro parágrafo, pergunto ao meu “Eu” interior: Onde falhamos?
E os leitores podem pensar: “falhamos”, “nós”!
Sim! Eu como Educador/Professor, sou diretamente responsável pela formação do cidadão crítico, solidário, justo, ético e atuante. E minha conclusão é muito clara, ou seja, a Instituição Escola não é formativa, construtora de cidadãos. Na verdade é uma “máquina” colocadora de informações, que não são apresentadas como ferramentas de modificação social.
Não transformamos informação em conhecimento.
Por mais que tentemos atuar na direção de nossa real função, o sistema nos impede, nos tole. Dessa forma somos o “oleiro” que recebe a argila, mas não tem as condições de moldar o barro, logo faz uma construção inacabada e pouco útil para o uso.
Temos que transformar esse quadro crítico. Pressionar o sistema e/ou agir com mais independência e caminhar na direção da mudança do caos.
Reflexão urgente.
Ação urgente.

Ser mais gente.