quarta-feira, 21 de março de 2012

Dia Internacional contra a Discriminação Racial


Será que as pessoas possuem em sua mente que todos somos irmãos, independente de raça, cor da pele, situação econômica ou religião?
Discriminar significa "fazer uma distinção".
O significado mais comum, no entanto, tem a ver com a discriminação sociológica: a discriminação social,racial, religiosa, sexual, por idade ou nacionalidade, que podem levar à exclusão social.
Será que vale a pena discriminar?


terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Educação e formação do indivíduo.

Excelente texto.
Reproduzo com prazer.

Educação para a cidadania: o conhecimento como instrumento político de libertação

Roberto Carlos Simões Galvão*

A formação do ser humano começa na família. Ali, tem início um processo de humanização e libertação; é um caminho que busca fazer da criança um ser civilizado, e bem cedo a escola participa desse processo.


Com o conhecimento adquirido na escola, o aluno se prepara para a vida. Passa a ter o poder de se transformar e de modificar o mundo onde vive.

Educar é um ato que visa à convivência social, a cidadania e a tomada de consciência política. A educação escolar, além de ensinar o conhecimento científico, deve assumir a incumbência de preparar as pessoas para o exercício da cidadania. A cidadania é entendida como o acesso aos bens materiais e culturais produzidos pela sociedade, e ainda significa o exercício pleno dos direitos e deveres previstos pela Constituição da República.

A educação para a cidadania pretende fazer de cada pessoa um agente de transformação. Isso exige uma reflexão que possibilite compreender as raízes históricas da situação de miséria e exclusão em que vive boa parte da população. A formação política, que tem no universo escolar um espaço privilegiado, deve propor caminhos para mudar as situações de opressão. Muito embora outros segmentos participem dessa formação, como a família ou os meios de comunicação, não haverá democracia substancial se inexistir essa responsabilidade propiciada, sobretudo, pelo ambiente escolar.

O problema da grave concentração de renda no Brasil, a corrupção que permeia os órgãos governamentais, a ingerência política e o descaso histórico do governo brasileiro com os direitos fundamentais de seus cidadãos são problemas que somente se encerrarão com o aprimoramento da democracia, que se dará por meio do controle do poder pelo povo.

Segundo Lakatos (1999):

Democracia é a filosofia ou sistema social que sustenta que o indivíduo, apenas pela sua qualidade de pessoa humana, e sem consideração às qualidades, posição, status, raça, religião, ideologia ou patrimônio, deve participar dos assuntos da comunidade e exercer nela a direção que proporcionalmente lhe corresponde.

Infelizmente, no Brasil, a participação do povo no poder se limita a comparecer às urnas durante o processo eleitoral. A cultura de participação é o primeiro passo para se consolidar uma democracia capaz de garantir os direitos sociais de todos os cidadãos.

A formação de uma cultura democrática como a sonhada pelo educador Pedro Demo nasce do conhecimento enquanto instrumento político de libertação. Ela permitirá o desenvolvimento dos potenciais de cada aluno-cidadão no meio social em que vive.

Quem hoje poderá pensar a problemática social brasileira sem levar em conta o significado da escola nesse contexto?

De modo particular, a corrupção na administração pública vem sendo apontada como um dos mais graves problemas atuais no Brasil. A corrupção se encerra somente com o aprimoramento da democracia. Por isso, cada cidadão deve acompanhar de perto a ação de seus candidatos antes, durante e depois das eleições.

Considerando questões sociais como esta, Cecília Peruzzo adverte que:

Estes são apenas alguns dos indicativos da importância histórica da educação para a cidadania em sua contribuição para alterações no campo da cultura política, por meio da ampliação do espectro da participação política, não só em nível macro do poder político nacional, mas incrementando-a a partir do micro, da participação em nível local, das organizações populares, e contribuindo para o processo de democratização e ampliação da conquista de direitos de cidadania.


A idéia de educação deve estar intimamente ligada às de liberdade, democracia e cidadania. A educação não pode preparar nada para a democracia a não ser que também seja democrática. Seria contraditório ensinar a democracia no meio de instituições de caráter autoritário.

Bóbbio (2002) afirma que “a democracia não se refere só à ordem do poder público do Estado, mas deve existir em todas as relações sociais, econômicas, políticas e culturais. Começa na relação interindividual, passa pela família, a escola e culmina no Estado. Uma sociedade democrática é aquela que vai conseguindo democratizar todas as suas instituições e práticas”.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BOBBIO, Norberto. Teoria geral da política. Rio de Janeiro: Campus, 2002.
LAKATOS, Eva Maria. Sociologia geral. 7.ed. São Paulo: Atlas, 1999.
PERUZZO, Cecília M. K. Comunicação nos movimentos populares: a participação na construção da cidadania. Petrópolis: Vozes, 1998.

A necessidade de ser amoroso e rigoroso.

Quando falamos em Educação de nossos alunos, devemos criar um paralelo com a Educação de nossos filhos.
O que devemos priorizar?
Alguns falam em conhecimento, outros em cultura, alguns em oportunidades e muitos em fórmulas para ganhar dinheiro.
Na verdade o caminho que deve ser seguido é a da formação de indivíduos éticos, coerentes, solidários e acima de tudo com desejo de modificar o caos do mundo.
Como fazer isso com nossos filhos? E com os alunos?
Basta o exemplo.
Professores honestos com a sua caminhada e pais coerentes com a sua função.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

O Guaco e suas propriedades


Conta-se no Peru que quando certas aves são picadas por cobra, alimentam-se das folhas de guaco para contrabalançar a ação do veneno. Não por acaso, no Brasil, um dos nomes populares da planta é erva-das-serpentes. É sempre importante reiterar porém que a sua apregoada ação anti-ofídica ainda não foi suficientemente estudada. Pio Corrêa, no clássico Dicionário das Plantas Úteis do Brasil, cita outros usos tradicionais no tratamento de histeria e cólicas menstruais. Mas é na propriedade expectorante das suas folhas que reside a característica verdadeiramente consagradora, razão de ser de diversos estudos e principal responsável pela sua ampla disseminação. Inúmeros xaropes receitados pela medicina convencional são feitos à base da erva, cuja prescrição é bastante difundida em postos de saúde, constituindo-se num dos fitoterápicos mais usados no país. Porém, nem todas as suas propriedades foram investigadas. Em testes realizados no CPQBA - Centro Pluridisciplinar de Pesquisas Químicas, Biológicas e Agrícolas da Unicamp - Universidade Estadual de Campinas, SP, por exemplo, os extratos da planta têm se mostrado eficientes no tratamento de úlceras em ratos. Um de seus componentes apresentou também atividade anti-tumoral. Mas é importante salientar o caráter experimental desses testes de laboratório. E, principalmente, não omitir seus efeitos colaterais. Eles existem e são sérios. Antes que se pense no guaco como uma nova panacéia curativa para o câncer, é bom saber: o mesmo composto que destruiu as células tumorosas pode ter originado mutações em células normais. Até 15 anos atrás, as folhas de guaco utilizadas nos medicamentos vinham direto da Mata Atlântica. A planta é muito comum nas beiradas das florestas da Serra do Mar. Hoje em dia, já há plantações. O guaco é um arbusto lenhoso que precisa fazer uma verdadeira ginástica de contorcionista de circo para exercer sua vocação de planta trepadeira. Como não possui gavinhas, sobe em espiral, enrolando seu caule em suportes que encontra pela frente. A inflorescência em tom creme é singela e tem reduzido efeito ornamental. Mas seu perfume intenso é inconfundível e pode ser identificado a distância, especialmente após um dia de chuva. A planta é altamente melífera. Durante a floração na primavera, credencia-se como um dos pontos de encontro preferidos das abelhas. Quando amassada, sua folha em forma de lança libera um aroma que lembra um pouco o da baunilha. O guaco brasileiro habita as bordas da Mata Atlântica litorânea. Nas encostas da Serra do Mar, viceja em altitudes de até 800 metros. Áreas semi-sombreadas são as suas preferidas, mas ele cresce a sol pleno também, embora apresente excesso de inflorescências nesse caso. O mesmo ocorre em relação aos solos. Os argilosos e argilo-arenosos são mais indicados, mas a planta se adapta razoavelmente bem em outros tipos de terreno. Flexível até na sede, exige pouca água até os seis meses. Está provado que o chá de guaco age dilatando os brônquios, mas os mecanismos dessa ação, como o efeito se desencadeia pelo metabolismo humano, ainda não foram totalmente decifrados. O que se sabe com segurança é que o chá deve ser feito com folhas frescas, já que elas perdem as propriedades químicas rapidamente. É possível que o princípio ativo da ação expectorante seja responsável também pela redução da acidez no estômago de ratos de laboratório, diminuindo assim as lesões ulcerosas. Outra qualidade pouco conhecida dessa trepadeira foi detectada na Faculdade de Odontologia da Unicamp. Os testes avaliaram a ação antiplaca de 20 extratos de plantas diferentes. O do guaco foi o que apresentou os melhores resultados. Há uma precaução no entanto com o seu uso por hemofílicos. Um dos compostos da planta pode alterar a coagulação do sangue, causando hemorragias. Mesmo para quem não sofre do mal, recomenda-se evitar o seu uso prolongado. Outro motivo para cautela: doses altas podem causar vômitos e diarréia. O herborista Máximo Ghirello, de Campinas, que incorpora fundamentos da medicina chinesa ao seu trabalho, indica um tratamento preventivo com chá. Tomado no outono, segundo Ghirello, ele tonifica e ativa os pulmões, preparando-os para o período de inverno, quando são mais requisitados e se tornam mais vulneráveis. A recomendação é tomar o chá três vezes ao dia, durante dez dias. A colheita das folhas deve ser feita com tesouras de poda, retirando-se ramos secundários e preservando-se o tronco principal. A operação pode ser realizada duas vezes por ano: em meados da primavera e no início do outono. Um outro estudo científico da Unicamp descobre propriedades no Guaco que vão além do seu uso como matéria prima para chás e xaropes expectorante. O Guaco, um tipo de cipó-trepadeira encontrado na Mata Atlântica usado há muitos anos na medicina popular para resolver problemas respiratórios, acabou de ter sua capacidade de cura testada e comprovada por pesquisadores da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas). O estudo, feito pelo Centro Pluridisciplinar de Pesquisas Químicas, Biológicas e Agrícolas da universidade, constatou o efeito da erva no combate ao câncer, úlcera, infecção por microorganismos, além da prevenção da cárie. As experiências in vitro do Guaco contra a placa dental bacteriana e desenvolvimento da cárie duraram dezoitos meses. A ação terapêutica foi eficiente no combate ao estreptococos do grupo mutans, responsáveis pela placa. Os resultados demonstraram que o efeito foi conseguido com pouca quantidade de erva o que significaria o desenvolvimento de um medicamento mais barato. Já os efeitos contra a úlcera começaram a ser descobertos em 1998, da parceria entre Vera Lúcia Garcia, coordenadora das pesquisas, e João Ernesto de Carvalho, coordenador de Farmacologia e toxicologia do CPQBA da Unicamp. Os testes feitos em ratos demonstraram que uma das substâncias presentes no Guaco, a cumarina, e outros extratos da erva inibem a secreção de ácido pelo estômago. Essa diminuição ocorre com o bloqueio dos receptores do neurotransmissor acetilcolina. "Uma das descobertas aponta que o guaco é muito mais eficiente no combate à úlcera gástrica do que inúmeras outras plantas utilizadas regularmente na composição de medicamentos para a doença", conta Vera. Isso porque os extratos e a cumarina presentes na planta bloqueiam os receptores do neurotransmissor acetilcolina, diminuindo a secreção de ácido produzida pelo estômago. O mecanismo de ação é semelhante ao que ocorre no sistema respiratório - o bloqueio aos mesmos receptores provoca a broncodilatação e a diminuição da secreção brônquica. Neste caso, a espécie utilizada é a Mikania laevigata. "Existem dois tipos de guacos que, apesar de serem fisicamente muito parecidos, possuem composições químicas bastante diferentes", explica a pesquisadora. No caso de uma droga contra a úlcera, a pesquisadora diz que o caminho pode ser mais curto, uma vez que os testes em animais já foram concluídos. "Faltam apenas os experimentos em seres humanos. Para isso, estamos buscando parcerias com indústrias que tenham interesse em colocar o produto no mercado." No sistema respiratório também ocorre o bloqueio desses receptores possibilitando uma broncodilatação e a diminuição da secreção brônquica- isso já descoberto pela medicina popular e agora provado cientificamente. Além da cumarina, estão sendo testados outros princípios ativos do Guaco, como os ácidos diterpêndicos. Os pesquisadores usaram a técnica in vitro para colocar o extrato da erva em contato com 5 tipos de linhagens tumorais (mama, mama resistente aos medicamentos tradicionais, melanona, leucemia e pulmão). Os resultados foram muito positivos com o melanona (mais comum tipo de câncer de pele): 78% das células cancerígenas foram eliminadas. Nos demais tipos de tumores o índice ficou entre 40% e 50%. "Cada tipo de câncer é uma doença com etiologia, tratamento e evolução diferente, é muito difícil descobrir uma droga eficaz em todos os tratamentos", afirma Carvalho. Outra etapa está em andamento, na qual será testada uma medicação contra o câncer de próstata, ovário, rim e cólon. Ainda não se sabe se o Guaco pode ter algum efeito tóxico com a células saudáveis. Folhas de Guaco foram amplamente coletadas na Mata Atlântica para uso de medicamentos fitoterápicos. Atualmente, há cultivos comerciais, principalmente no Paraná. A própria pesquisa da Unicamp começou pela parte agrícola, focalizando o desenvolvimento de um sistema de cultivo que evitasse o extrativismo predatório. O médico medieval Fracastoro em sua obra "Sifílide ou morbo gálico" publicada em 1530 enaltece os efeitos do guaco, descoberto poucas dpecadas atrás na América e considerada como miraculoso na cura da sífilis. A descoberta do uso dessa planta como medicamento é atribuída pelo autor a um dos deuses. Na sua descrição poética aparece a figura do jovem pastro Sífilo, de quem a moléstia tomou o nome numa invenção do próprio Fracastoro. Sífilo contraíra o terrível mal como castigo por ter blasfemado contra o Sol. Arrependido ele suplicava perdão aos deuses, até que Diana se comoveu e prometeu fazer com que ele encontrasse o remédio depois de acompanhá-la em uma viagem ao país dos mortos. Na volta a deusa lhe entrega um ramo de guaco.


Fonte:

http://epoca.globo.com/semanal/_materias/saudea.htm http://globorural.globo.com/barra.asp?d=/edic/181/fichaplanta1.htm http://galileu.globo.com/nd/nd_ler.asp?imat=1443 acesso em maio de 2002Medicina e Saúde, História da Medicina, vol, 1, Ed. Abril, 1969 http://200.177.98.79/jcemail/Detalhe.jsp?id=3520&JCemail=2077&JCdata=2002-07-17acesso em julho de 2002 envie seus comentários para abrantes@inpi.gov.br.

Caran,M.Ervas Medicinais.Cultivo e Uso Prático.Plantas cultivadas e silvestres.[S.l.s.n],[199-].Apostila. Martins,E.R.; Castro,D.M.; Castellani,D.C.; Dias,J.E. Plantas Medicinais. Viçosa: UFV, 2000, p. 106-107. Panizza,S. Cheiro de Mato. Plantas Que Curam. São Paulo: Ibrasa, 1998. Sanguinetti,E.E. Plantas Que Curam. Porto Alegre: Rígel, 2ªedição, 1989. Teske,M.; Trenttini,A.M.M. Compêndio de Fitoterapia. Paraná: Herbarium, 3ªedição, 1997.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Resumo da função de um Educador

A Janela
Dois homens, ambos gravemente doentes, estavam no mesmo quarto de hospital.
Um deles podia sentar-se na sua cama durante uma hora, todas as tardes, para que os fluidos circulassem nos seus pulmões.
Sua cama estava junto da única janela do quarto.
O outro homem tinha de ficar sempre deitado de costas.
Os homens conversavam horas a fio. Falavam das suas mulheres e famílias, das suas casas, dos seus empregos, dos seus aeromodelos, onde tinham passado as férias.
E todas as tardes, quando o homem da cama perto da janela se sentava, ele passava o tempo a descrever ao seu companheiro de quarto todas as coisas que ele conseguia ver do lado de fora da janela.
O homem da cama do lado começou a viver à espera desses períodos de uma hora, em que o seu mundo era alargado e animado por toda a atividade e cor do mundo do lado de fora da janela.
A janela dava para um parque com um lindo lago.
Patos e cisnes chapinhavam na água enquanto as crianças brincavam com os seus barquinhos.
Jovens namorados caminhavam de braços dados por entre as flores de todas as cores do arco-íris.
Árvores velhas e enormes acariciavam a paisagem e uma tênue vista da silhueta da cidade podia ser vista no horizonte.
Enquanto o homem da cama perto da janela descrevia isto tudo com extraordinário pormenor, o homem no outro lado do quarto fechava os seus olhos e imaginava a pitoresca cena.
Um dia, o homem perto da janela descreveu um desfile que ia a passar.
Embora o outro homem não conseguisse ouvir a banda, ele conseguia vê-la e ouvi-la na sua mente, enquanto o outro senhor a retratava através de palavras bastante descritivas.
Dias e semanas passaram.
Uma manhã, a enfermeira chegou ao quarto trazendo água para os seus banhos, homem perto da janela, que tinha falecido calmamente enquanto dormia.
Ela ficou muito triste e chamou os funcionários do hospital para que levassem o corpo.
Logo que lhe pareceu apropriado, o outro homem perguntou se podia ser colocado na cama perto da janela. A enfermeira disse logo que sim e fez a troca.
Depois de se certificar de que o homem estava bem instalado, a enfermeira deixou o quarto.
Lentamente, e cheio de dores, o homem ergueu-se, apoiado no cotovelo, para contemplar o mundo lá fora. Fez um grande esforço e lentamente olhou para o lado de fora da janela que dava, afinal, para uma parede de tijolo!
O homem perguntou à enfermeira o que teria feito com que o seu falecido companheiro de quarto lhe tivesse descrito coisas tão maravilhosas do lado de fora da janela.
A enfermeira respondeu que o homem era cego e nem sequer conseguia ver a parede.
"Talvez ele quisesse apenas dar-lhe coragem...".

Moral da História:Há uma felicidade tremenda em fazer os outros felizes, apesar dos nossos próprios problemas.
A dor partilhada é metade da tristeza, mas a felicidade, quando partilhada, é dobrada.
Se te queres sentir rico, conta todas as coisas que tens que o dinheiro não pode comprar.
"O dia de hoje é uma dádiva, por isso é que o chamam de presente."

Conviver.

Uma das habilidades mais significativas do profissional de educação é saber conviver. Viver com alunos, pais, colegas de profissão, diretores, coordenadores, palestrantes, enfim viver e conviver é uma das habilidades para a finalização da competência de um educador.
Além disso, o Educador necessita da paciência, porque todos se acham no direito de saber ensinar. Ninguém pode exercer a medicina, porque será preso, ninguém pode advogar, porque irá preso, ninguém pode dirigir sem habilitação, porque será detido, mas todos podem querer ensinar, porque nada acontecerá.
Além de conviver, temos que ter a paciência como outra habilidade e acredito que uma “sábia e momentânea cegueira”, também faz parte de nossa conduta vital.
Que pena ter a certeza que o profissional de educação é tão desprestigiado, desrespeitado e desvalorizado, porém para minha alegria, ninguém, mas ninguém mesmo consegue ser alguma coisa sem um verdadeiro e competente PROFISSIONAL DE EDUCAÇÃO.
Coloco abaixo um simples texto sobre a necessidade de sabermos conviver e respeitar as diferença
s.
FÁBULA DA CONVIVÊNCIADurante uma era glacial, muito remota, quando parte do globo terrestre estava coberto por densas camadas de gelo, muitos animais não resistiram ao frio intenso e morreram indefesos, por não se adaptarem às condições do clima hostil.
Foi então que uma grande manada de porcos-espinhos, numa tentativa de se proteger e sobreviver, começou a se unir, a juntar-se mais e mais.
Assim, cada um podia sentir o calor do corpo do outro.
E todos juntos, bem unidos, agasalhavam-se mutuamente, aqueciam-se, enfrentando
Por mais tempo aquele inverno tenebroso.
Porém, vida ingrata, os espinhos de cada um começaram a ferir os companheiros mais próximos, justamente aqueles que lhes forneciam mais calor, aquele calor vital, questão de vida ou morte.
E afastaram-se, feridos, magoados, sofridos.
Dispersaram-se por não suportarem mais tempo os espinhos dos seus semelhantes.
Doíam muito...
Mas, essa não foi a melhor solução: afastados, separados, logo começaram a morrer congelados.
Os que não morreram voltaram a se aproximar, pouco a pouco, com jeito, com precauções, de tal forma que, unidos, cada qual conservava uma certa distância do outro, mínima, mas o suficiente para conviver sem ferir, para sobreviver sem magoar, sem causar danos recíprocos.
Assim, suportaram-se, resistindo à longa era glacial.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Inteligências multiplas - definição e exemplos

Inteligências múltiplas
Denomina-se inteligências múltiplas à teoria desenvolvida por uma equipe de pesquisadores da Universidade de Harvard, liderada pelo psicólogo Howard Gardner, a partir da década de 1980.
A pesquisa identificou e descreveu sete tipos de
inteligência nos seres humanos, e, no início da década de 1980, obteve grande eco no campo da educação. Mais recentemente, acrescentaram-se à lista original as inteligências de tipo "naturalista" e "existencial".
Critérios
Foram utilizados os seguintes critérios para uma classificação dos fatores constituintes da inteligência ou habilidades humanas:
Potencial prejuízo com dano cerebral, a exemplo das capacidades lingüísticas no
Acidente Vascular Cerebral;
Existência de gênios, ou indivíduos eminentes com habilidades especiais onde se pode observar tal capacidade isolada ou prejudicada;
Um conjunto de operações identificável. A
música, por exemplo, consiste da sensibilidade de uma pessoa para a melodia, a harmonia, o ritmo, o timbre e a estrutura musical;
Uma história de desenvolvimento distintiva para cada indivíduo, junto com uma natureza definível de desempenho especialista;
Ser possível identificar os passos para atingir tais perícias, uma história evolutiva e plausibilidade evolutiva, a exemplo das formas de inteligência espacial em
mamíferos ou inteligência musical em pássaros;
Testabilidade, a exemplo dos testes psicológicos, distições psicométricas susceptíveis de confirmação e re-testagem com múltiplos instrumentos;
Suscetibilidade para ser codificada em um sistema de símbolos. Códigos como
idioma, aritmética, mapas e expressão lógica, entre outros.
As inteligências
Estabelecidos os critérios acima, foram identificadas as seguintes inteligências:
Lógico-matemática - a capacidade de confrontar e avaliar objetos e abstrações, discernindo as suas relações e princípios subjacentes. Possuem esta caracaterística matemáticos, cientistas e filósofos como
Stanislaw Ulam, Alfred North Whitehead, Henri Poincaré, Albert Einstein, Marie Curie, entre outros.
Linguística - caracteriza-se por um domínio e gosto especial pelos idiomas e pelas palavras e por um desejo em os explorar. É predominante em
poetas, escritores, e linguistas, como T. S. Eliot, Noam Chomsky, e W. H. Auden.
Musical - identificável pela habilidade para compor e executar padrões
musicais, executando pedaços de ouvido, em termos de ritmo e timbre, mas também escutando-os e discernindo-os. Pode estar associada a outras inteligências, como a lingüística, espacial ou corporal-cinestésica. É predominante em compositores, maestros, músicos, críticos de música como por exemplo, Ludwig van Beethoven, Leonard Bernstein, Midori, John Coltrane.
Espacial - expressa-se pela capacidade de compreender o mundo visual com precisão, permitindo transformar, modificar percepções e recriar experiências visuais até mesmo sem estímulos físicos. É predominante em
arquitetos, artistas, escultores, cartógrafos, navegadores e jogadores de xadrez, como por exemplo Michelangelo, Frank Lloyd Wright, Garry Kasparov, Louise Nevelson, Helen Frankenthaler.
Corporal-cinestésica - traduz-se na maior capacidade de controlar e orquestrar movimentos do corpo. É predominante entre atores e aqueles que praticam a
dança ou os esportes, como por exemplo Marcel Marceau, Martha Graham, Michael Jordan, Pelé.
Intrapessoal - expressa na capacidade de se conhecer, estando mais desenvolvida em escritores,
psicoterapeutas e conselheiros, como por exemplo, Sigmund Freud.
Interpessoal - expressa pela habilidade de entender as intenções, motivações e desejos dos outros. Encontra-se mais desenvolvida em
políticos, religiosos e professores, como por exemplo o Mahatma Gandhi.
Naturalista - traduz-se na sensibilidade para compreender e organizar os objetos, fenômenos e padrões da natureza, como reconhecer e classificar plantas, animais, minerais, incluindo rochas e gramíneas e toda a variedade de fauna, flora, meio-ambiente e seus componentes. É característica de
paisagistas, arquitetos e mateiros, por exemplo. São exemplos deste tipo de inteligência Charles Darwin, Rachel Carson, John James Audubon.
Existencial - investigada no terreno ainda do "possível", carece de maiores evidências. Abrange a capacidade de refletir e ponderar sobre questões fundamentais da existência. Seria característica de líderes espirituais e de pensadores filosóficos como por exemplo
Jean-Paul Sartre, Søren A. Kierkegaard, Maya Angelou, Paul Erdös, Frida Kahlo, Alvin Ailey, Margaret Mead, o Dalai Lama, Charles Darwin ou Joni Mitchell.
Trajetória da teoria
Gardner iniciou a formulação da ideia de "inteligências múltiplas" com a publicação da obra "The Shattered Mind" (
1975). Mais tarde, conceituou a inteligência como "um potencial biopsicológico para processar informações que pode ser ativado num cenário cultural para solucionar problemas ou criar produtos que sejam valorizados numa cultura".
Em um processo mais recente de revisão de sua teoria, Gardner acrescentou a "Inteligência Natural" à lista original. O mesmo não ocorreu com a chamada "Inteligência Existencial" ou "Inteligência Espiritual". Embora o autor se sinta interessado por este nono tipo, conclui que "o fenômeno é suficientemente desconcertante e a distância das outras inteligências suficientemente grande para ditar prudência - pelo menos por ora" – concluiu na sua obra "Inteligência: um conceito reformulado" (2001).
Gardner sustenta que as inteligências não são objetos que possam ser quantificados, e sim, potenciais que poderão ser ou não ativados, dependendo dos valores de uma cultura específica, das oportunidades disponíveis nessa cultura e das decisões pessoais tomadas por indivíduos e/ou suas famílias, seus professores e outros.
Testando as Inteligências Múltiplas
Embora seja comum no meio acadêmico desejar quantificar a inteligência (os testes de
Q.I. são um exemplo), Gardner desaprova tais ideias e não propõe nenhum método para quantificar as inteligências múltiplas. Isto, porém, não impede outros teóricos de formularem testes.
Alguns pesquisadores buscam medir as inteligências múltiplas através de perguntas simples permeando cada conceito de cada inteligência e definindo no que o analisado tem aptidão ou bloqueio. O mais comum é que pessoas tenham uma das inteligências superior às outras, grande parte em nível médio e uma ou duas inteligências fracas.