terça-feira, 7 de setembro de 2010

Resumo da função de um Educador

A Janela
Dois homens, ambos gravemente doentes, estavam no mesmo quarto de hospital.
Um deles podia sentar-se na sua cama durante uma hora, todas as tardes, para que os fluidos circulassem nos seus pulmões.
Sua cama estava junto da única janela do quarto.
O outro homem tinha de ficar sempre deitado de costas.
Os homens conversavam horas a fio. Falavam das suas mulheres e famílias, das suas casas, dos seus empregos, dos seus aeromodelos, onde tinham passado as férias.
E todas as tardes, quando o homem da cama perto da janela se sentava, ele passava o tempo a descrever ao seu companheiro de quarto todas as coisas que ele conseguia ver do lado de fora da janela.
O homem da cama do lado começou a viver à espera desses períodos de uma hora, em que o seu mundo era alargado e animado por toda a atividade e cor do mundo do lado de fora da janela.
A janela dava para um parque com um lindo lago.
Patos e cisnes chapinhavam na água enquanto as crianças brincavam com os seus barquinhos.
Jovens namorados caminhavam de braços dados por entre as flores de todas as cores do arco-íris.
Árvores velhas e enormes acariciavam a paisagem e uma tênue vista da silhueta da cidade podia ser vista no horizonte.
Enquanto o homem da cama perto da janela descrevia isto tudo com extraordinário pormenor, o homem no outro lado do quarto fechava os seus olhos e imaginava a pitoresca cena.
Um dia, o homem perto da janela descreveu um desfile que ia a passar.
Embora o outro homem não conseguisse ouvir a banda, ele conseguia vê-la e ouvi-la na sua mente, enquanto o outro senhor a retratava através de palavras bastante descritivas.
Dias e semanas passaram.
Uma manhã, a enfermeira chegou ao quarto trazendo água para os seus banhos, homem perto da janela, que tinha falecido calmamente enquanto dormia.
Ela ficou muito triste e chamou os funcionários do hospital para que levassem o corpo.
Logo que lhe pareceu apropriado, o outro homem perguntou se podia ser colocado na cama perto da janela. A enfermeira disse logo que sim e fez a troca.
Depois de se certificar de que o homem estava bem instalado, a enfermeira deixou o quarto.
Lentamente, e cheio de dores, o homem ergueu-se, apoiado no cotovelo, para contemplar o mundo lá fora. Fez um grande esforço e lentamente olhou para o lado de fora da janela que dava, afinal, para uma parede de tijolo!
O homem perguntou à enfermeira o que teria feito com que o seu falecido companheiro de quarto lhe tivesse descrito coisas tão maravilhosas do lado de fora da janela.
A enfermeira respondeu que o homem era cego e nem sequer conseguia ver a parede.
"Talvez ele quisesse apenas dar-lhe coragem...".

Moral da História:Há uma felicidade tremenda em fazer os outros felizes, apesar dos nossos próprios problemas.
A dor partilhada é metade da tristeza, mas a felicidade, quando partilhada, é dobrada.
Se te queres sentir rico, conta todas as coisas que tens que o dinheiro não pode comprar.
"O dia de hoje é uma dádiva, por isso é que o chamam de presente."

Conviver.

Uma das habilidades mais significativas do profissional de educação é saber conviver. Viver com alunos, pais, colegas de profissão, diretores, coordenadores, palestrantes, enfim viver e conviver é uma das habilidades para a finalização da competência de um educador.
Além disso, o Educador necessita da paciência, porque todos se acham no direito de saber ensinar. Ninguém pode exercer a medicina, porque será preso, ninguém pode advogar, porque irá preso, ninguém pode dirigir sem habilitação, porque será detido, mas todos podem querer ensinar, porque nada acontecerá.
Além de conviver, temos que ter a paciência como outra habilidade e acredito que uma “sábia e momentânea cegueira”, também faz parte de nossa conduta vital.
Que pena ter a certeza que o profissional de educação é tão desprestigiado, desrespeitado e desvalorizado, porém para minha alegria, ninguém, mas ninguém mesmo consegue ser alguma coisa sem um verdadeiro e competente PROFISSIONAL DE EDUCAÇÃO.
Coloco abaixo um simples texto sobre a necessidade de sabermos conviver e respeitar as diferença
s.
FÁBULA DA CONVIVÊNCIADurante uma era glacial, muito remota, quando parte do globo terrestre estava coberto por densas camadas de gelo, muitos animais não resistiram ao frio intenso e morreram indefesos, por não se adaptarem às condições do clima hostil.
Foi então que uma grande manada de porcos-espinhos, numa tentativa de se proteger e sobreviver, começou a se unir, a juntar-se mais e mais.
Assim, cada um podia sentir o calor do corpo do outro.
E todos juntos, bem unidos, agasalhavam-se mutuamente, aqueciam-se, enfrentando
Por mais tempo aquele inverno tenebroso.
Porém, vida ingrata, os espinhos de cada um começaram a ferir os companheiros mais próximos, justamente aqueles que lhes forneciam mais calor, aquele calor vital, questão de vida ou morte.
E afastaram-se, feridos, magoados, sofridos.
Dispersaram-se por não suportarem mais tempo os espinhos dos seus semelhantes.
Doíam muito...
Mas, essa não foi a melhor solução: afastados, separados, logo começaram a morrer congelados.
Os que não morreram voltaram a se aproximar, pouco a pouco, com jeito, com precauções, de tal forma que, unidos, cada qual conservava uma certa distância do outro, mínima, mas o suficiente para conviver sem ferir, para sobreviver sem magoar, sem causar danos recíprocos.
Assim, suportaram-se, resistindo à longa era glacial.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Inteligências multiplas - definição e exemplos

Inteligências múltiplas
Denomina-se inteligências múltiplas à teoria desenvolvida por uma equipe de pesquisadores da Universidade de Harvard, liderada pelo psicólogo Howard Gardner, a partir da década de 1980.
A pesquisa identificou e descreveu sete tipos de
inteligência nos seres humanos, e, no início da década de 1980, obteve grande eco no campo da educação. Mais recentemente, acrescentaram-se à lista original as inteligências de tipo "naturalista" e "existencial".
Critérios
Foram utilizados os seguintes critérios para uma classificação dos fatores constituintes da inteligência ou habilidades humanas:
Potencial prejuízo com dano cerebral, a exemplo das capacidades lingüísticas no
Acidente Vascular Cerebral;
Existência de gênios, ou indivíduos eminentes com habilidades especiais onde se pode observar tal capacidade isolada ou prejudicada;
Um conjunto de operações identificável. A
música, por exemplo, consiste da sensibilidade de uma pessoa para a melodia, a harmonia, o ritmo, o timbre e a estrutura musical;
Uma história de desenvolvimento distintiva para cada indivíduo, junto com uma natureza definível de desempenho especialista;
Ser possível identificar os passos para atingir tais perícias, uma história evolutiva e plausibilidade evolutiva, a exemplo das formas de inteligência espacial em
mamíferos ou inteligência musical em pássaros;
Testabilidade, a exemplo dos testes psicológicos, distições psicométricas susceptíveis de confirmação e re-testagem com múltiplos instrumentos;
Suscetibilidade para ser codificada em um sistema de símbolos. Códigos como
idioma, aritmética, mapas e expressão lógica, entre outros.
As inteligências
Estabelecidos os critérios acima, foram identificadas as seguintes inteligências:
Lógico-matemática - a capacidade de confrontar e avaliar objetos e abstrações, discernindo as suas relações e princípios subjacentes. Possuem esta caracaterística matemáticos, cientistas e filósofos como
Stanislaw Ulam, Alfred North Whitehead, Henri Poincaré, Albert Einstein, Marie Curie, entre outros.
Linguística - caracteriza-se por um domínio e gosto especial pelos idiomas e pelas palavras e por um desejo em os explorar. É predominante em
poetas, escritores, e linguistas, como T. S. Eliot, Noam Chomsky, e W. H. Auden.
Musical - identificável pela habilidade para compor e executar padrões
musicais, executando pedaços de ouvido, em termos de ritmo e timbre, mas também escutando-os e discernindo-os. Pode estar associada a outras inteligências, como a lingüística, espacial ou corporal-cinestésica. É predominante em compositores, maestros, músicos, críticos de música como por exemplo, Ludwig van Beethoven, Leonard Bernstein, Midori, John Coltrane.
Espacial - expressa-se pela capacidade de compreender o mundo visual com precisão, permitindo transformar, modificar percepções e recriar experiências visuais até mesmo sem estímulos físicos. É predominante em
arquitetos, artistas, escultores, cartógrafos, navegadores e jogadores de xadrez, como por exemplo Michelangelo, Frank Lloyd Wright, Garry Kasparov, Louise Nevelson, Helen Frankenthaler.
Corporal-cinestésica - traduz-se na maior capacidade de controlar e orquestrar movimentos do corpo. É predominante entre atores e aqueles que praticam a
dança ou os esportes, como por exemplo Marcel Marceau, Martha Graham, Michael Jordan, Pelé.
Intrapessoal - expressa na capacidade de se conhecer, estando mais desenvolvida em escritores,
psicoterapeutas e conselheiros, como por exemplo, Sigmund Freud.
Interpessoal - expressa pela habilidade de entender as intenções, motivações e desejos dos outros. Encontra-se mais desenvolvida em
políticos, religiosos e professores, como por exemplo o Mahatma Gandhi.
Naturalista - traduz-se na sensibilidade para compreender e organizar os objetos, fenômenos e padrões da natureza, como reconhecer e classificar plantas, animais, minerais, incluindo rochas e gramíneas e toda a variedade de fauna, flora, meio-ambiente e seus componentes. É característica de
paisagistas, arquitetos e mateiros, por exemplo. São exemplos deste tipo de inteligência Charles Darwin, Rachel Carson, John James Audubon.
Existencial - investigada no terreno ainda do "possível", carece de maiores evidências. Abrange a capacidade de refletir e ponderar sobre questões fundamentais da existência. Seria característica de líderes espirituais e de pensadores filosóficos como por exemplo
Jean-Paul Sartre, Søren A. Kierkegaard, Maya Angelou, Paul Erdös, Frida Kahlo, Alvin Ailey, Margaret Mead, o Dalai Lama, Charles Darwin ou Joni Mitchell.
Trajetória da teoria
Gardner iniciou a formulação da ideia de "inteligências múltiplas" com a publicação da obra "The Shattered Mind" (
1975). Mais tarde, conceituou a inteligência como "um potencial biopsicológico para processar informações que pode ser ativado num cenário cultural para solucionar problemas ou criar produtos que sejam valorizados numa cultura".
Em um processo mais recente de revisão de sua teoria, Gardner acrescentou a "Inteligência Natural" à lista original. O mesmo não ocorreu com a chamada "Inteligência Existencial" ou "Inteligência Espiritual". Embora o autor se sinta interessado por este nono tipo, conclui que "o fenômeno é suficientemente desconcertante e a distância das outras inteligências suficientemente grande para ditar prudência - pelo menos por ora" – concluiu na sua obra "Inteligência: um conceito reformulado" (2001).
Gardner sustenta que as inteligências não são objetos que possam ser quantificados, e sim, potenciais que poderão ser ou não ativados, dependendo dos valores de uma cultura específica, das oportunidades disponíveis nessa cultura e das decisões pessoais tomadas por indivíduos e/ou suas famílias, seus professores e outros.
Testando as Inteligências Múltiplas
Embora seja comum no meio acadêmico desejar quantificar a inteligência (os testes de
Q.I. são um exemplo), Gardner desaprova tais ideias e não propõe nenhum método para quantificar as inteligências múltiplas. Isto, porém, não impede outros teóricos de formularem testes.
Alguns pesquisadores buscam medir as inteligências múltiplas através de perguntas simples permeando cada conceito de cada inteligência e definindo no que o analisado tem aptidão ou bloqueio. O mais comum é que pessoas tenham uma das inteligências superior às outras, grande parte em nível médio e uma ou duas inteligências fracas.

sábado, 14 de agosto de 2010

Inteligência multipla.

Encontrei este texto, que foi base para algumas pesquisas minhas e achei interessante dividí-lo com todos.


Inteligências Múltiplas e Emocionais
Celso Antunes - Especialista em Educação.

1. Como definir inteligência?
Inteligência é a capacidade de resolver problemas, compreender idéias, interpretar informações transformando as em conhecimento e, também, a capacidade de criar. Constitui um componente biopsicológico que difere o ser humano de outras espécies animais.
2. Existem informações novas sobre a Inteligência humana que podem dar nova dimensão à educação?
Existem. Durante muitos anos a descoberta do funcionamento da mente constituía-se em um desafio para a neurologia. Observar o cérebro humano em ação era impossível em uma pessoa viva e essa dificuldade gerava uma série de hipóteses sobre o pensamento, consciência, memória e naturalmente, inteligência. Atualmente sistemas avançados de Tomografias por Emissão de Pósitrons ou mesmo Ressonâncias Magnéticas específicas podem "abrir" o cérebro de uma pessoa viva e acompanhar suas reações. Existe, é evidente, muito a fazer, mas há uma distância considerável entre o que se sabe e o que era sabido há dez anos atrás sobre inteligência.
3. E quais as implicações educacionais dessas descobertas sobre a idéia de inteligência?
Pelo menos, três avanços neurológicos parecem extremamente significativos: o primeiro, é que a inteligência pode ser estimulada e o papel do meio ambiente associa-se ao da hereditariedade na construção de pessoas mais ou menos inteligentes; segundo, não existe uma inteligência na mente humana, mas diversas inteligências que compõe espectros altamente diferenciados; terceiro, o estímulo a essas inteligências não requer tecnologia de ponta ou investimentos que inviabilizem sua prática em todo lugar, em qualquer família ou escola.
4. É possível constatarmos nas pessoas com as quais nos relacionamos as evidências dessa multiplicidade de espectro?
Sem dúvida. A humanidade sempre valorizou a inteligência de Mozart e de Einstein, de Camões e de Niemayer, de Picasso e de Ghandi assim como de muitos outros, mas sempre soube diferenciar a natureza específica de suas competências. Não é necessário aprofundar a genialidade para perceber entre nossos amigos ou alunos, inteligências lingüísticas, matemáticas espaciais e outras.
5. Essas inteligências múltiplas atuam isoladamente? Podem ser estimuladas de forma específica?
De forma alguma. As ações no cérebro atuam com sistemas integrados mais ou menos como o conjunto de folhas de uma copa agitada pelo vento. É impossível isolarmos uma inteligência, ainda que estímulos específicos podem atuar mais sobre uma que sobre as outras.
6. Quais são essas inteligências?
Embora seja muito mais importante observar o espectro das inteligências e identificar o indivíduo por sua multiplicidade, ainda que se destacando por esta ou aquela linguagem, as inteligências apontadas por Howard Gardner, da Universidade de Harvard, são as de natureza lingüística, lógico - matemáticas, espacial, musical, cinestésico - corporal, naturalista e as inteligências pessoais.
7. E as inteligências emocionais?
Gardner não fala em inteligência emocional. A expressão veio de Daniel Goleman, e sua obra ainda que bem menos densa que os estudos de Gardner, sugerem que as emoções seriam processadas pelas inteligências pessoais, isto é, a intrapessoal, ligada a auto-estima, segurança e capacidade de administrar de maneira satisfatória a autopercepção e a inteligência interpessoal, associada a empatia, "leitura" e compreensão do outro e de seus sentimentos.
8. É possível estimular - se as inteligências emocionais? Esse estímulo seria auto - ajuda?
A reposta é sim e não. É evidente que é possível aperfeiçoarmos as inteligências pessoais em conjunto ou mais explicitamente uma delas, ainda que esse estímulo seja lento e os resultados progressivos, algo assim como aprender a tocar violino. Não existe relação entre a alfabetização emocional e a auto - ajuda. Em primeiro lugar porquê auto - ajuda se associa a "domesticação das emoções" algo muito distante da alfabetização emocional. Em segundo lugar porquê a pretensa auto - ajuda dispensa as interações e a intervenção do professor e psicólogo, o que não ocorre com a alfabetização emocional e, finalmente, porquê toda auto - ajuda promete milagres com uma simples leitura e meia dúzia de conselhos, procedimento anos-luz distante de uma verdadeira alfabetização emocional.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Maravilha da Língua Portuguesa

A nossa Língua Portuguesa realmente é fantástica. O texto foi retirado de um folder comemorativo dos 100 anos da ABI (Associação Brasileira de Imprensa).


Vírgula pode ser uma pausa... ou não.
Não, espere.
Não espere.

Ela pode sumir com seu dinheiro.
23,4.
2,34.

Pode ser autoritária.
Aceito, obrigado.
Aceito obrigado.

Pode criar heróis.
Isso só, ele resolve.
Isso só ele resolve.

E vilões.
Esse, juiz, é corrupto.
Esse juiz é corrupto.


Ela pode ser a solução.
Vamos perder, nada foi resolvido.
Vamos perder nada, foi resolvido.

A vírgula muda uma opinião.
Não queremos saber.
Não, queremos saber.

Uma vírgula muda tudo.

ABI: 100 anos lutando para que ninguém mude uma vírgula da sua informação.

*Detalhes Adicionais*
'*SE O HOMEM SOUBESSE O VALOR QUE TEM A MULHER ANDARIA DE QUATRO À SUA PROCURA.'*

Se você for* mulher*, certamente colocou a vírgula depois de MULHER.
Se você for* homem*, colocou a vírgula depois de TEM.

Como nasce um paradigma

Esse texto é antigo, mas nunca é tarde para lembrarmos de sua mensagem.

Um grupo de cientistas colocou cinco macacos numa jaula, em cujo centro puseram uma escada e, sobre ela, um cacho de bananas.
Quando um macaco subia a escada para apanhar as bananas, os cientistas lançavam um jato de água fria nos que estavam no chão.
Depois de certo tempo, quando um macaco ia subir a escada, os outros enchiam-no de pancadas.
Passado mais algum tempo, nenhum macaco subia mais a escada, apesar da tentação das bananas.
Então, os cientistas substituíram um dos cinco macacos.
A primeira coisa que ele fez foi subir a escada, dela sendo rapidamente retirado pelos outros, que o surraram.
Depois de algumas surras, o novo integrante do grupo não mais subia a escada.
Um segundo foi substituído, e o mesmo ocorreu, tendo o primeiro substituto participado, com entusiasmo, da surra ao novato.
Um terceiro foi trocado, e repetiu-se o fato. Um quarto e, finalmente, o último dos veteranos foi substituído.
Os cientistas ficaram, então, com um grupo de cinco macacos que, mesmo nunca tendo tomado um banho frio, continuavam batendo naquele que tentasse chegar às bananas.
Se fosse possível perguntar a algum deles porque batiam em quem tentasse subir a escada, com certeza a resposta seria: "Não sei, as coisas sempre foram assim por aqui..."
Você não deve perder a oportunidade de passar esta história para seus amigos, para que, vez por outra, questionem-se porque estão batendo...

"É MAIS FÁCIL DESINTEGRAR UM ÁTOMO DO QUE UM PRECONCEITO".
Albert Einstein

Tempômetro

Com certeza a palavra do título não existe nos dicionários mais atualizados, porém solicito aos profissionais de nossa Língua Portuguesa, o direito de criá-la.
O tempo realmente é o maior aliado de todos os profissionais, mas dependendo do interesse em buscar a ascensão, o mesmo tempo poderá ser tirano.
Alguns educadores que vivenciaram no passado a exaltação de suas qualidades, de suas metodologias, de suas avaliações e não se avaliaram, procurando a melhoria constante de seu processo educacional, podem ter se acomodado e passaram a utilizar aquele mesmo passado como lembrança de tempos áureos.
Entretanto os profissionais que foram aclamados, mas mesmo após o sucesso, analisaram sua caminhada e perceberam que poderiam fazer mais, podem ser considerados os verdadeiros educadores.
A Educação é móvel, mutável, viva e adaptável às realidades da época. Logo devemos sempre caminhar em busca das novidades metodológicas, dos caminhos mais significativos e de como podemos fazer para o indivíduo aprender melhor e apreender o que foi ensinado.
Tempo amigo, tempo tirano. Na verdade o tempo sempre é nosso aliado, mas o que realmente existe é profissional dedicado, interessado e os acomodados, encostados.
Temos que estudar sempre e perceber que o que sabemos não basta.

terça-feira, 13 de julho de 2010

A Educação e seus profissionais

Acompanhei recentemente um debate na televisão sobre os Profissionais de Educação e as colocações foram bem polemicas.
Uma determinada profissional da Universidade de São Paulo, Coordenadora da mesma instituição citada, fez colocações que nos leva a refletir sobre a necessidade que alguns indivíduos que trabalham em Escolas e/ou Universidades têm em mostrar serviço aos seus superiores, esquecendo de sua real e primeira função (e por que não dizer missão), que é formar cidadãos pensantes, éticos e com habilidades suficientes para ingressar no mercado de trabalho, realizando ações que levem a sociedade ao nível significativo de qualificação.
Tal assunto me faz lembrar palavras do grande e competente Professor de História Eduardo Coelho, que falava sobre a profissão do professor, Acho que consigo colocar a idéia principal de suas palavras. Dizia ele: “Os Educadores possuem a função de formar pessoas, porém raramente eles observam se seu trabalho deu certo ou não, porque os jovens trocam de turma, passam por outros profissionais, mudam de escola, cidade, enfim não sabemos se agimos direito ou se falhamos na missão de educar. Realmente nossa função é solitária e ao mesmo tempo de total doação, pois no local mais profundo de uma análise isenta, atuamos sozinhos e com nossas verdades, doamos nossos conhecimentos, mas raramente sabemos se acertamos. Nossa profissão é extremamente realizadora, porque contamos com o esperado e o inesperado, com o provável e o improvável, com o sucesso e o insucesso, enfim contamos com nossas verdades.”
Utilizo a reflexão do professor Eduardo Coelho por dois motivos, que são: O profissional de Educação deve constantemente reavaliar sua prática e exercitar sua auto-análise, a fim de qualificar sempre o seu trabalho, modificando sua caminhada ou melhorando a já utilizada. E em segundo lugar, devemos trabalhar para e pelos alunos e nunca, jamais devemos querer provar algo para nossos superiores, porque um profissional atento, atuante, crítico, atualizado e acima de tudo possuidor do vínculo como sua bandeira é o profissional desejado por todas as instituições sérias de ensino.
Se por algum motivo, os profissionais utilizarem o EU em primeiro lugar, depois o NÓS e por último o NOSSO ALUNO, este deve reavaliar sua conduta. Mas aquele que colocar seu aluno como meta e a instituição pedir outra postura, o local não é de educação, mas sim de “faturação”.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

A aventura da sala de aula.

Podemos perceber a importância do convívio na sala de aula. Relação extremamente rejuvenescedora para os que têm a profissão como momento de troca de conhecimento e oportunidade de crescimento.
Percebo em alguns momentos, profissionais que reclamam da relação conflituosa que existe. Não consigo compreender como os mesmos não percebem que somente o conflito leva para o crescimento intelectual, moral, ético e acima de tudo cidadão.
Um aluno que te questiona com respeito e repleto de argumentos deverá ser citado como exemplo, porque neste momento o processo realmente está acontecendo.
Mas um professor que reprime os debates, as discussões e os questionamentos, formará repetidores de opiniões e nunca cidadãos críticos e atuantes.
Onde está o erro desta interpretação errônea entre alunos questionadores e alunos sem educação?
Muito simples: Está na forma em que o professor recebe o questionamento e como ele operacionaliza a reflexão.
Tudo que está registrado neste texto possui um único objetivo, que é fazer o profissional de educação refletir sobre sua participação na sociedade. Ou ele é um simples formador de opinião, transformando os jovens como repetidores de suas reflexões e opiniões ou ele é um organizador de idéias, que leva o jovem à construção de reflexões, opiniões e formação de comportamentos, baseados não no que chamamos de moral (moral vem de cultura e a cultura varia de acordo com o país, religião e etc.), mas sim em uma ética interna, onde não devemos fazer nada que atrapalha a nossa vida ou a do próximo.
A aprendizagem é mudança, como diz Vítor da Fonseca.
Se não há mudança, não há aprendizagem, pois o que não foi estimulado anteriormente, deverá ser feito, possibilitando a formação de novas conexões neurais.
Esse novo momento na formação do indíviduo, permite a passagem e/ou transição de um sujeito heterônomo para um autônomo, compromissado com a empatia, responsabilidade e o desejo de mudar o caos social.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

A Educação de qualidade pode interferir na formação cidadã.

Estamos vivendo um momento de profunda reflexão em relação ao real valor do processo educacional de nosso país.
Percebemos que muitas instituições se preocupam com números, resultados imediatos, porém o objetivo principal é deixado de lado, ou seja, a formação de indivíduos dignos, honestos, justos e com uma bagagem interessante de conhecimento. E foi proposital a colocação do conhecimento interessante em último lugar.
Observamos nos noticiários que personalidades públicas e/ou filhos destes matam, se drogam, mentem, estupram, segregam e alguns falam que a situação não é tão grave.
Onde podemos identificar ou em que momento podemos identificar que o processo de formação deste ou daquele jovem, senhor, senhora, enfim foi equivocado?
Acredito que o início é a formação de nosso professores. Ela é falha, medíocre e superficial.
Qual profissional de licenciatura consegue identificar as várias metodologias que devem ser trabalhadas com uma determinada população?
Na verdade sabem que devem falar de "Força e trabalho", de "Estequiometria", da "Reprodução dos anelídeos", da "Oração Subordinada", do "Cateto oposto", mas pouco sabem sobre a necessidade real que a sociedade intensamente clama, que a formação integral dos cidadãos. Que a família solicita de ajuda, pois não consegue mais educar, pois não tem tempo disponível.
Que quadro complexo.
Temos o aluno X escola X família X valores X formação X professor X Universidade. . .
Realmente, necessitamos de mudanças imediatas no processo de formação de nossos professores, transformando-os em "Reais Educadores".

quarta-feira, 30 de junho de 2010

O sono revelador.

Em determinado período de nossa história, aproximadamente no ano 1710, um mago fez um professor ingerir uma poção mágica, levando-o ao sono profundo.
Durmiu por 300 anos.
Nesta semana ele acordou e alguns cientistas, sabendo do ocorrido, monitoravam constantemente este profissional da educação do século 18.
Colocaram alguns eletrodos em seu coração e perceberam que os batimentos estavam extremamente acelerados.
Ele caminhava por ruas, andava em carros, ônibus, trens, entrava em lojas, cinemas, teatros e seus batimentos sempre acelerados. Demonstrava medo e não euforia. Angustia e não perplexidade.
Levaram o educador aos locais mais comuns de nossa época, porém assustadores para um ser humano de três séculos passados.
E ele constantemente monitorado. Seus batimentos sempre acelerados.
Porém algo trouxe uma reflexão aos cientistas.
Quando todos chegaram a um colégio normal da região, os batimentos do professor diminuiram, seu semblante melhorou e um sorriso apareceu em seu rosto.
O professor falou: "Ahhh!!! Que bom!!! Finalmente um lugar conhecido e igual ao de minha região"
Todos os cientistas se comunicaram com o olhar e posteriormente levaram as descobertas aos influentes educadores das Universidades envolvidas no projeto.
A principal conclusão foi: "O modelo educacional que vivemos não mudou, as ações são as mesmas e as propostas são pobres. Temos que renovar, remodelar e reestruturar o processo educacional urgentemente, porque caso contrário o homem de hoje nada fará para modificar o caos que existe e se amplia através dos séculos."
Será que este texto pode ser considerado possível ou ainda acreditamos que o modelo educacional brasileiro é moderno e acompanha o desenvolvimento tecnológico, cultural, cognitivo de todos que nos rodeiam?
Vamos pensar, mas também vamos agir.
A sala de aula e os profissionais de educação necessitam urgentemente de novas metodologias e novas propostas. E a Universidade necessita solicitar essas mudanças. Esta é uma situação que deve vir do todo para chegar às unidades.

Crédito: O texto é uma adaptação de uma reflexão retirada da internet, feita por um escritor anônimo e indicada pela Professor Jurema (Coordenadora Pedagógica)

terça-feira, 29 de junho de 2010

O conflito no educar

Nesta manhã de terça-feira, recebi um texto que relatava a ação de pais, onde seus filhos agiam de forma arrogante, discriminatória e excludente, mas eram protegidos e suas ações ratificadas.
A instituição escolar tentava ajudá-los na identificação de seus atos e posturas inadequadas, porém os pais não ouviam, apenas criticavam e afirmavam com todas as palavras: "Pagamos e queremos aula, mas nunca lição de moral".
Para minha perplexidade, li que alguns alunos sorriam e olhava para seus professores.
Não vou me estender nos comentários ou reflexões, mas apenas pergunto: "Para onde caminha a humanidade? E para onde vai nossa educação?