Educação para todos.
quarta-feira, 24 de maio de 2017
O artesão que não tem o direito de agir
domingo, 7 de junho de 2015
A Pária Educadora
Retorno aos rabiscos digitais em meu blog.
Criado em 2010 ou 2011, não sei ao certo.
Penso no que ouvi na eleição para Presidente do meu país
Penso no que eu ouvi sobre o futuro. E eu Educador.
Passei a ter a certeza que o futuro, tão desconhecido, tão imprevisto, estaria garantido, porque o que regeria o mesmo seria a Educação. E a mesma com letra maiúscula.
Teríamos crianças e jovens nos bancos ou cadeiras escolares.
Profissionais da Educação (maiúscula) muito bem pagos.
Prédios para o fim da Educação, construídos com esmero, com qualidade e aptos para o exercício nobre do ensinar.
Uma sociedade tolerante e acima de tudo preocupada com o bem da coletividade.
Pensei em ter mais cinco filhos.
Claro!
O que me impedia de ter mais filhos é a impossibilidade de identificar um futuro social digno, onde todos tenham oportunidades e a meritocracia seja apenas uma palavra utilizada para todos que tiveram suas chances e não souberam agarrá-la.
Que felicidade coletiva!
Pátria Educadora!
Como uma nevoeiro, que esconde os prédios, a praia, as montanhas, porém depois se assenta e permite que tudo apareça aos nossos olhos, iniciei a cura da minha cegueira. Enxerguei.
Meus olhos começaram a ver e minha mente decodificava o que era visto.
Não apenas olhei. Eu enxerguei.
A decodificação cerebral se associava ao compreender, ao entender, ao analisar e finalmente ao enxergar.
As afirmações feitas anteriormente se desmoronaram, como a queda do jogo "Balança mais não cai", que é uma afirmativa mentirosa. Se você retirar a peça errada, a torre balança e cai, levando-o à derrota.
Foi assim que me senti. Retiraram a peça mais importante, que foi a verdade, levando a minha sociedade ao chão.
Inúmeros jovens perderam seus benefícios, inúmeros projetos perderam seu incentivo, inúmeros sonhos caíram, assim como a torre do citado jogo.
Procurei, como um pirata, olhar do alto de sua nau a "terra a vista" ou como um andarilho, observar a "luz no fim do túnel".
Nada encontrei.
Observei claramente um debate sobre um shopping de milhões de reais, sobre disponibilidade de recursos para um número incrível de ministérios.
Foi bom!
Isso me fez lembrar as aulas de Moral e Cívica ou Organização Social e Política do Brasil, onde deveríamos saber o nome dos ministros dos poucos ministérios.
Caia na prova.
Mas hoje, em 2015, não sei nem o nome dos ministérios.
Quanto gasto dessa Pátria Educadora"!
Compreendi, e enxerguei.
Pátria Educadora para os que podem pagar ou para os que podem "levar" o que não foi conquistado com sua gota constante de suor.
Escolas públicas abandonadas, destruídas, arruinadas.
Hospitais destruídos, sem médicos, sem materiais básicos, mas com as superbactérias no comendo.
Povo sem vontade, sem fé, mas o Maracanã de bilhões ou o Mané Garrincha sem o uso efetivo.
Que Pátria Educadora, que diariamente me educa para a experiência do desgosto com o serviço público, com os políticos, com as promessas.
Que Pátria!
Que País!
Que políticos!
Só quero um filho e já está bom.
sexta-feira, 16 de novembro de 2012
QUERO LEILOAR A MINHA . . .
Minha reflexão é lógica e totalmente correta. Se a jovem que não sabe falar direito, tem uma experiência mínima de vida, não conhece Freud, Piaget, Descart, São Tomaz de Aquino, Cora Coralina, Jorge Amado, Fernando Pessoa, Maquiavel, Jesus, Buda e muitos outros recebeu R$ 1.500.000,00 eu receberei muito, mas muito mais.
Quanto será que receberei?
quinta-feira, 8 de novembro de 2012
Educação X educação, quem é o vencedor?
Onde está a família?
quarta-feira, 31 de outubro de 2012
Pedagogo e Professor, Os Salvadores da Pátria.
quarta-feira, 21 de março de 2012
Dia Internacional contra a Discriminação Racial
Será que as pessoas possuem em sua mente que todos somos irmãos, independente de raça, cor da pele, situação econômica ou religião?
terça-feira, 28 de fevereiro de 2012
Educação e formação do indivíduo.
Reproduzo com prazer.
Educação para a cidadania: o conhecimento como instrumento político de libertação
Roberto Carlos Simões Galvão*
A formação do ser humano começa na família. Ali, tem início um processo de humanização e libertação; é um caminho que busca fazer da criança um ser civilizado, e bem cedo a escola participa desse processo.
Com o conhecimento adquirido na escola, o aluno se prepara para a vida. Passa a ter o poder de se transformar e de modificar o mundo onde vive.
Educar é um ato que visa à convivência social, a cidadania e a tomada de consciência política. A educação escolar, além de ensinar o conhecimento científico, deve assumir a incumbência de preparar as pessoas para o exercício da cidadania. A cidadania é entendida como o acesso aos bens materiais e culturais produzidos pela sociedade, e ainda significa o exercício pleno dos direitos e deveres previstos pela Constituição da República.
A educação para a cidadania pretende fazer de cada pessoa um agente de transformação. Isso exige uma reflexão que possibilite compreender as raízes históricas da situação de miséria e exclusão em que vive boa parte da população. A formação política, que tem no universo escolar um espaço privilegiado, deve propor caminhos para mudar as situações de opressão. Muito embora outros segmentos participem dessa formação, como a família ou os meios de comunicação, não haverá democracia substancial se inexistir essa responsabilidade propiciada, sobretudo, pelo ambiente escolar.
O problema da grave concentração de renda no Brasil, a corrupção que permeia os órgãos governamentais, a ingerência política e o descaso histórico do governo brasileiro com os direitos fundamentais de seus cidadãos são problemas que somente se encerrarão com o aprimoramento da democracia, que se dará por meio do controle do poder pelo povo.
Segundo Lakatos (1999):
Democracia é a filosofia ou sistema social que sustenta que o indivíduo, apenas pela sua qualidade de pessoa humana, e sem consideração às qualidades, posição, status, raça, religião, ideologia ou patrimônio, deve participar dos assuntos da comunidade e exercer nela a direção que proporcionalmente lhe corresponde.
Infelizmente, no Brasil, a participação do povo no poder se limita a comparecer às urnas durante o processo eleitoral. A cultura de participação é o primeiro passo para se consolidar uma democracia capaz de garantir os direitos sociais de todos os cidadãos.
A formação de uma cultura democrática como a sonhada pelo educador Pedro Demo nasce do conhecimento enquanto instrumento político de libertação. Ela permitirá o desenvolvimento dos potenciais de cada aluno-cidadão no meio social em que vive.
Quem hoje poderá pensar a problemática social brasileira sem levar em conta o significado da escola nesse contexto?
De modo particular, a corrupção na administração pública vem sendo apontada como um dos mais graves problemas atuais no Brasil. A corrupção se encerra somente com o aprimoramento da democracia. Por isso, cada cidadão deve acompanhar de perto a ação de seus candidatos antes, durante e depois das eleições.
Considerando questões sociais como esta, Cecília Peruzzo adverte que:
Estes são apenas alguns dos indicativos da importância histórica da educação para a cidadania em sua contribuição para alterações no campo da cultura política, por meio da ampliação do espectro da participação política, não só em nível macro do poder político nacional, mas incrementando-a a partir do micro, da participação em nível local, das organizações populares, e contribuindo para o processo de democratização e ampliação da conquista de direitos de cidadania.
A idéia de educação deve estar intimamente ligada às de liberdade, democracia e cidadania. A educação não pode preparar nada para a democracia a não ser que também seja democrática. Seria contraditório ensinar a democracia no meio de instituições de caráter autoritário.
Bóbbio (2002) afirma que “a democracia não se refere só à ordem do poder público do Estado, mas deve existir em todas as relações sociais, econômicas, políticas e culturais. Começa na relação interindividual, passa pela família, a escola e culmina no Estado. Uma sociedade democrática é aquela que vai conseguindo democratizar todas as suas instituições e práticas”.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BOBBIO, Norberto. Teoria geral da política. Rio de Janeiro: Campus, 2002.
LAKATOS, Eva Maria. Sociologia geral. 7.ed. São Paulo: Atlas, 1999.
PERUZZO, Cecília M. K. Comunicação nos movimentos populares: a participação na construção da cidadania. Petrópolis: Vozes, 1998.