quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Pedagogo e Professor, Os Salvadores da Pátria.


Todos nós já ouvimos que os Pedagogos, Professores e profissionais da Educação são os “Salvadores da Pátria”, porque é através da Educação que construímos um país.
Excelente a colocação final, ou seja, concordo que através da Educação e da educação podemos construir um país justo, digno, solidário, referência em pesquisas, com um sistema de saúde funcional, com segurança, enfim um país que respeita e ama o seu cidadão.
Porém a colocação que é feita e exposta por muitos anos nos meios de comunicação e repetida pela população, pelos políticos e até mesmo pelos profissionais de Educação, diga-se de passagem, sem a necessária análise crítica da mesma, é que todo o peso, todo o fardo e toda a responsabilidade do desenvolvimento do país estão centralizados no profissional que habita as Escolas, as Universidades, os Cursos Técnicos ou não.
Desculpem-me a colocação incisiva, mas parafraseando a Professora Doutora Sônia de Mello Lopes, afirmo que “os profissionais de educação não são o Messias para salvar o mundo”.
Torna-se muito fácil repassar para uma categoria toda a responsabilidade no desenvolvimento de uma Nação, todo o ônus do fracasso que vivemos no processo de formação e informação de nossas crianças e jovens. Mas a divisão dessa responsabilidade não existe.
Com quem dividi-la?
Vivemos em sociedade, e sociedade participativa e democrática, onde todos são responsáveis pelo desenvolvimento de nosso país. Temos, entretanto a raiz, a base dessa formação, desse desenvolvimento na família. Essa organização social mais antiga, mais primitiva e a mais importante, torna-se omissa e acomodada, repassando o processo de formação de seus filhos, enteados, sobrinhos, enfim das crianças, para a sua segunda família institucionalizada, que é a Empregada Doméstica e posteriormente a escola.
Temos que exaltar ambas, primeiro a Profissional do Lar, que cuida das crianças da patroa e posteriormente tenta, repito tenta cuidar de seus filhos. Qual o porquê do tenta?
Por que a mesma chega em casa tarde e muitas vezes exaurida de forças para dar atenção necessária aos seus filhos biológicos, fato impossibilitado pelos cuidados oferecidos aos seus “filhos adotivos”.
Podemos concluir e concordar, que realmente, os Profissionais de educação não são e não querem ser o MESSIAS, o salvador da Pátria, mesmo porque a responsabilidade deverá ser dividida entre vários profissionais e principalmente pela família.
O que fazer com a conclusão acima, já que todos se permitem fugir de seus compromissos e responsabilidades?
Muito simples (se realmente o fosse, os problemas já estariam resolvidos), basta vontade ativa de impor a limitação de funções dos setores envolvidos e a ação com extrema qualidade de suas reais funções.
Quero dizer que a família tem sua parcela e a mesma é grande, porque é o núcleo mais importante, porque é o berço da formação cidadã, porque é o local de maior intimidade entre os indivíduos, mesmo que não ocorra o diálogo qualificado, mas as Instituições de Ensino devem agir com mais qualidade, com mais ciência, com mais pesquisa, identificando quem são verdadeiramente os seus alunos e agindo sem exclusão, propiciando à todos uma Educação Inclusiva e de qualidade, e quando digo inclusiva não quero citar os Portadores de Necessidades Educacionais Especiais (PNEEs), mas todo e qualquer indivíduo em dificuldades situacionais, que esteja inserido no processo do aprender, do compreender, do aplicar, do justificar e do analisar.
A escola é um “Berço Sagrado de Formação Humana”, mas não é apenas isso. È uma empresa que tem que ter produtividade, seus objetivos devem ser alcançados e suas responsabilidades assumidas. Seus profissionais devem conhecer as novas metodologias, saber aplicá-las e se interessar pelo desenvolvimento dos jovens sob suas responsabilidades.
Acredito que dessa forma, todos serão como Deus realmente planejou, ou seja, criaturas a sua imagem e semelhança e os possíveis MESSIAS na formação de sociedades justas e igualitárias. 

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