Todos nós já ouvimos que os Pedagogos,
Professores e profissionais da Educação são os “Salvadores da Pátria”, porque é
através da Educação que construímos um país.
Excelente a colocação final, ou seja,
concordo que através da Educação e da educação podemos construir um país justo,
digno, solidário, referência em pesquisas, com um sistema de saúde funcional,
com segurança, enfim um país que respeita e ama o seu cidadão.
Porém a colocação que é feita e exposta
por muitos anos nos meios de comunicação e repetida pela população, pelos
políticos e até mesmo pelos profissionais de Educação, diga-se de passagem, sem
a necessária análise crítica da mesma, é que todo o peso, todo o fardo e toda a
responsabilidade do desenvolvimento do país estão centralizados no profissional
que habita as Escolas, as Universidades, os Cursos Técnicos ou não.
Desculpem-me a colocação incisiva, mas
parafraseando a Professora Doutora Sônia de Mello Lopes, afirmo que “os profissionais de educação não são o
Messias para salvar o mundo”.
Torna-se muito fácil repassar para uma
categoria toda a responsabilidade no desenvolvimento de uma Nação, todo o ônus
do fracasso que vivemos no processo de formação e informação de nossas crianças
e jovens. Mas a divisão dessa responsabilidade não existe.
Com quem dividi-la?
Vivemos em sociedade, e sociedade
participativa e democrática, onde todos são responsáveis pelo desenvolvimento
de nosso país. Temos, entretanto a raiz, a base dessa formação, desse
desenvolvimento na família. Essa organização social mais antiga, mais primitiva
e a mais importante, torna-se omissa e acomodada, repassando o processo de
formação de seus filhos, enteados, sobrinhos, enfim das crianças, para a sua segunda
família institucionalizada, que é a Empregada Doméstica e posteriormente a
escola.
Temos que exaltar ambas, primeiro a
Profissional do Lar, que cuida das crianças da patroa e posteriormente tenta,
repito tenta cuidar de seus filhos. Qual o porquê do tenta?
Por que a mesma chega em casa tarde e
muitas vezes exaurida de forças para dar atenção necessária aos seus filhos
biológicos, fato impossibilitado pelos cuidados oferecidos aos seus “filhos
adotivos”.
Podemos concluir e concordar, que
realmente, os Profissionais de educação não são e não querem ser o MESSIAS, o
salvador da Pátria, mesmo porque a responsabilidade deverá ser dividida entre
vários profissionais e principalmente pela família.
O que fazer com a conclusão acima, já que
todos se permitem fugir de seus compromissos e responsabilidades?
Muito simples (se realmente o fosse, os
problemas já estariam resolvidos), basta vontade ativa de impor a limitação de
funções dos setores envolvidos e a ação com extrema qualidade de suas reais
funções.
Quero dizer que a família tem sua parcela
e a mesma é grande, porque é o núcleo mais importante, porque é o berço da
formação cidadã, porque é o local de maior intimidade entre os indivíduos,
mesmo que não ocorra o diálogo qualificado, mas as Instituições de Ensino devem
agir com mais qualidade, com mais ciência, com mais pesquisa, identificando
quem são verdadeiramente os seus alunos e agindo sem exclusão, propiciando à
todos uma Educação Inclusiva e de qualidade, e quando digo inclusiva não quero
citar os Portadores de Necessidades Educacionais Especiais (PNEEs), mas todo e
qualquer indivíduo em dificuldades situacionais, que esteja inserido no
processo do aprender, do compreender, do aplicar, do justificar e do analisar.
A escola é um “Berço Sagrado de Formação Humana”, mas não é apenas isso. È uma
empresa que tem que ter produtividade, seus objetivos devem ser alcançados e
suas responsabilidades assumidas. Seus profissionais devem conhecer as novas
metodologias, saber aplicá-las e se interessar pelo desenvolvimento dos jovens
sob suas responsabilidades.
Acredito que dessa forma, todos serão como
Deus realmente planejou, ou seja, criaturas a sua imagem e semelhança e os
possíveis MESSIAS na formação de sociedades justas e igualitárias.
Suas palavras alimentam a minha vocação.
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